O premiê designado de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou que pretende negociar um acordo de paz com a Autoridade Palestina e que "os palestinos precisam entender" que ele seria um "parceiro para a paz".
Um dia depois de firmar um acordo de coalizão com o Partido Trabalhista, Netanyahu, que é líder do partido Likud, tenta amenizar a imagem de linha dura de seu novo governo e promete buscar um acordo de paz com os palestinos.
"O esforço pela paz é um objetivo contínuo dos governos de Israel, inclusive do meu", declarou Netanyahu em uma conferência sobre economia em Jerusalém.
Netanyahu prometeu agir para dar impulso à economia palestina, mas afirmou que o desenvolvimento econômico não será uma alternativa ao diálogo político.
Netanyahu convocou os empresários presentes na conferência a investirem na Autoridade Palestina e lhes prometeu que "não irão se decepcionar".
A "força econômica será uma base sólida para a paz", acrescentou o próximo primeiro-ministro israelense.
Poucos minutos depois das declarações de Netanyahu, um dos principais lideres do Likud, Gilad Erdan, disse à rádio estatal de Israel que, ao dizer que pretende alcançar a paz com os palestinos, "Netanyahu não se referiu a concessões territoriais, mas sim à continuação do diálogo político".
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou no último domingo que não vai continuar as negociações de paz "se o governo de Israel não congelar imediatamente a construção dos assentamentos nos territórios ocupados".
Segundo o acordo com o Partido Trabalhista, o Likud se comprometeu a respeitar todos os acordos anteriores assinados por Israel, porém a fórmula básica do processo de paz, que consiste na solução de dois Estados, não foi mencionada no acordo.
Netanyahu deverá apresentar seu novo governo ao Parlamento dentro de uma semana e já firmou acordos de coalizão com o partido ultra-direitista Israel Beiteinu e com o partido ultra-ortodoxo Shas, além do Partido Trabalhista.
As negociações com o partido nacionalista religioso Ihud Leumi e com outro partido ultra-ortodoxo, o Yahadut Hatorah, ainda não foram finalizadas.
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