MELBOURNE (Reuters) - Jenson Button e Rubens Barrichello deram à Brawn GP uma surpreendente dobradinha no Grande Prêmio da Austrália deste domingo, a estreia mais bem-sucedida de uma equipe de F1 em 55 anos.
O britânico de 29 anos, desdenhado por alguns como piloto de fama e salário exagerados após duas temporadas medíocres na Honda, concretizou uma volta por cima espetacular que deixou o proprietário da equipe, Ross Brawn, sem palavras.
O brasileiro e companheiro de equipe Rubens Barrichello largou e terminou em segundo, mesmo após fazer uma péssima largada ao apertar um botão que impede o carro de morrer e cair para a sétima posição. Ele foi ajudado pela colisão entre a Red Bull de Sebastian Vettel e a BMW-Sauber de Robert Kubica, que saíram da pista enquanto disputavam a segunda colocação a três voltas do final.
O safety car entrou no circuito e ali permaneceu até a curva final da corrida.
O campeão mundial Lewis Hamilton, da McLaren, que largou em último por culpa de graves problemas no câmbio durante os treinos classificatórios, mostrou seu espírito combativo chegando à terceira colocação, enquanto as Ferraris de Felipe Massa e Kimi Raikkonen sequer concluíram a prova.
"Não foi minha melhor corrida, mas ainda assim venci", disse Button. "Esta vitória é para a equipe e para mim. É isso que me importa, não preciso chutar a canela de ninguém por causa de comentários passados."
Nenhum time de F1 havia vencido em sua estréia desde a Wolf em 1977, e a última escuderia a assegurar os dois primeiros lugares no pódio na primeira corrida foi a Mercedes, atual fornecedora dos motores da Brawn, em 1954.
Cinqüenta anos mais tarde, Button e Barrichello seguiram os passos do grande campeão argentino Juan Manuel Fangio -- ídolo de Ayrton Senna -- e do alemão Karl Kling.
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