segunda-feira, 30 de março de 2009

Até a primeira cheirada...

Argentinos recuperam esperança com Maradona na seleção

BUENOS AIRES (Reuters) - A goleada de 4 x 0 sobre a Venezuela foi a estreia competitiva ideal de Diego Maradona como técnico de uma seleção argentina que havia perdido o rumo e o carinho da torcida a caminho da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.

Maradona, que substituiu Alfio Basile em novembro de 2008 após uma derrota diante do Chile nas eliminatórias sul-americana, conseguiu instantaneamente o apoio do povo e se distanciou de outros técnicos que demoraram mais tempo para conquistar a torcida, e muitas vezes não o faziam.
Antes de sua renúncia, Basile havia dito que o estádio Monumental era uma geladeira, e Maradona respondeu na ocasião que o silêncio e a indiferença tinham a ver com o pouco que o time transmitia às pessoas.
"No Monumental é preciso ter o controle. Se você não lhes der um bom jogo pode ser um inferno", disse Maradona sobre o estádio onde a Argentina conseguiu em 1978 seu primeiro título mundial.
Por isso, o ex-capitão da Argentina levantou a mão agradecendo o canto de "Maradoooo, Maradoooo" que partiu do setor onde historicamente ficam os torcedores do River Plate, o clube arquirival de Boca Juniors, para o qual Maradona torce.
Mas o agradecimento teve mais a ver com o reconhecimento do técnico a Javier Mascherano, revelado no River, e a crítica a Juan Román Riquelme, do Boca, que se sentiu ofendido com um comentário de Maradona e abriu mão da camisa número 10 da seleção.
O herdeiro, por decisão de Maradona, foi Lionel Messi, que honrou seu antecessor com um gol "maradoniano" e uma jogada que não chegou a resultar em gol, mas que despertou o aplauso da torcida e o elogio do técnico.
"Se tivesse feito esse gol, teríamos que sair, pagar mais um ingresso, e voltar", disse Maradona sobre a jogada, no final da partida, em que Messi acabou interceptado na hora do chute depois de ter deixado vários adversários pelo caminho.
Maradona, que defende o jogo com bola no chão, disse estar feliz com a goleada, mas reconheceu que há "coisas a corrigir na equipe".

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