domingo, 1 de março de 2009

Suspeita da chacina foi motim de guardas da fronteira

Autoridades encontram mais valas comuns em Bangladesh

Autoridades acreditam que corpos sejam de vítimas do motim.

Pelo menos três novas valas comuns foram encontradas na manhã deste sábado em Bangladesh, durante as buscas por militares desaparecidos depois do motim de guardas da fronteira desta semana.

As informações são de que dez corpos foram encontrados nas valas, em uma horta no quartel general da guarda fronteiriça, na capital Daca, entre eles o da mulher de um dos oficiais.
Os corpos foram incinerados, o que dificultou o trabalho de identificá-los. Acredita-se que sejam de vítimas dos amotinados.
Na sexta-feira foi encontrada uma outra vala comum onde, segundo estimativas, havia 58 corpos.
O governo afirmou que não vai haver anistia para os responsáveis pelos assassinatos.
Vítimas
Cerca de 70 militares continuam desaparecidos desde o motim e as autoridades ainda não têm o número total de mortos nos confrontos.
Na sexta-feira à noite, o comandante das Forças Armadas de Bangladesh reiterou seu apoio ao governo, apesar dos relatos de que os militares estariam descontentes com a forma com a qual o governo lidou com o motim.
O general Moin U. Ahmed reiterou seu apoio depois de conversar com a primeira-ministra Sheik Hasina em Daca.
Alguns oficiais disseram que o governo deveria ter controlado o motim pela força, e não por negociações, argumentando que isso poderia ter evitado a morte de alguns colegas.
Pelo menos 200 amotinados estão presos. Eles foram capturados quando tentavam escapar do quartel, vestidos em roupas civis.
Aparentemente, o motim - iniciado em Daca na quarta-feira - foi causado por uma disputa espontânea sobre pagamento e condições. Alguns oficiais, no entanto, acreditam que a revolta pode ter sido planejada.
O governo decretou três dias de luto oficial, iniciados na sexta-feira, por conta dos confrontos.

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