Menino faz relato sobre "casa da morte" na Faixa de GAZA''Abu Salah morreu, a mulher dele morreu. Abu Tawfiq morreu, o filho dele morreu, a mulher dele também morreu. Mohammed Ibrahim morreu, e a mãe dele morreu. Ishaq morreu e Nasar morreu. A mulher de...";
Por Nidal al-Mughrabi (Reuters)
GAZA (Reuters) - "Abu Salah morreu, a mulher dele morreu. Abu Tawfiq morreu, o filho dele morreu, a mulher dele também morreu. Mohammed Ibrahim morreu, e a mãe dele morreu. Ishaq morreu e Nasar morreu. A mulher de Nael Samouni morreu. Muitas pessoas morreram."
"Acho que mais de 25 pessoas morreram", disse Ahmed Ibrahim Samouni, menino palestino de 13 anos que sofreu ferimentos na perna e no peito, mas sobreviveu aos morteiros israelenses disparados contra uma casa no norte da Faixa de Gaza em 5 de janeiro.
Segundo um relatório do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha, na sigla em inglês), pelo menos 30 pessoas foram mortas no incidente. A maioria delas era da família de Samouni.
A vice-chefe do Ocha, Allegra Pacheco, citou testemunhas oculares no distrito de Zeitun, que teriam dito que tropas israelenses ordenaram a cerca de 100 civis que entrassem na casa e ficassem ali, fora do caminho. Mas no dia seguinte a casa foi atingida por morteiros israelenses.
"Não há abrigos antibomba na Faixa de Gaza", disse Pacheco.
Um porta-voz do Exército israelense negou na sexta-feira a acusação.
"As forças de defesa de Israel (IDF) não reuniram pessoas em qualquer construção", disse Jacob Dallal à Reuters. "Além disso, nós checamos com atenção os disparos do IDF no dia 5. O IDF não atingiu qualquer construção em ou perto de Zeitun no dia 5."
Em declarações feitas à Reuters desde seu leito de hospital na Faixa de Gaza, o menino relatou como sua família foi levada à casa que mais tarde foi alvejada.



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