sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mais controle na fronteira de Gaza

EUA dizem que abertura de Gaza sufocaria tráfico de armas

Por Andrew Hammond RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters)

- O enviado norte-americano George Mitchell disse nesta quinta-feira que a abertura da fronteira da Faixa de Gaza ajudaria a conter o contrabando de armas para o grupo islâmico.

RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - O enviado norte-americano George Mitchell disse nesta quinta-feira que a abertura da fronteira da Faixa de Gaza ajudaria a conter o contrabando de armas para o grupo islâmico Hamas.
Mas ele pediu ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, que ajude a fiscalizar a fronteira, apesar de ele não exercer autoridade sobre a localidade, que está desde 2007 sob controle do Hamas.
Evitar o contrabando de armas é uma das principais preocupações de Israel nas negociações mediadas pelo do Egito a fim de estabelecer um cessar-fogo de longo prazo em Gaza e arredores.
"Para que haja sucesso na prevenção ao tráfico de armas para Gaza, deve haver um mecanismo para permitir o fluxo de produtos legais, e isso deve ocorrer com a participação da Autoridade Palestina", disse Mitchell após encontro com Abbas, da facção laica Fatah, que conta com o apoio do Ocidente.
Disparos de foguetes do Hamas e bombardeios israelenses nos últimos dois dias ameaçam os esforços de Mitchell para consolidar a frágil trégua em vigor desde 18 de janeiro, após 22 dias de combates.
Militantes lançaram um foguete de Gaza contra Israel na noite de quarta-feira -- o primeiro desde o cessar-fogo do dia 18 -- e outro na quinta-feira. Não houve feridos.
Em seguida, a aviação israelense bombardeou uma metalúrgica do sul da Faixa de Gaza, que segundo os militares servia para a fabricação de armas. Não houve feridos. Em outro ataque, dois militantes em uma moto e dez jovens transeuntes ficaram feridos, segundo fontes médicas.
Israel lançou os bombardeios, em 27 de dezembro, sob a justificativa de impedir o Hamas de disparar foguetes contra o seu território. O Hamas insiste que não pode haver trégua duradoura enquanto Israel mantiver o bloqueio econômico quase total contra a região.

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