Governo brasileiro critica declarações do Irã sobre Israel
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro, por meio de sua diplomacia, criticou nesta terça-feira as polêmicas declarações do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, contra Israel.
Durante conferência racial da Organização das Nações Unidas na última segunda-feira, o líder iraniano chamou Israel de "regime racista cruel e repressor", provocando reação imediata de diversas nações.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com particular preocupação, do discurso do Presidente iraniano que, entre outros aspectos, diminui a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto", pontuou o Ministério das Relações Exteriores por meio de nota.
O Itamaraty promete manifestar seu descontentamento durante a visita de Ahmadinejad ao Brasil, prevista para 6 de maio.
As declarações resultaram em uma debandada de países que participavam do encontro da ONU e uma declaração antencipada contra o racismo.
Durante a conferência, ele havia dito que, "depois da Segunda Guerra Mundial, (os judeus) recorreram a agressões para deixar sem lar uma nação inteira, sob o pretexto do sofrimento judeu."
Para o Brasil, manifestações dessa natureza prejudicam o clima de diálogo e o tratamento internacional da questão da discriminação.
Washington qualificou o discurso de "vil e odioso", e o Vaticano o considerou "extremista e inaceitável".
(Reportagem de Natuza Nery; Edição de Roberto Samora)
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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