Autoridades da Coreia do Sul e da Coreia do Norte se reúnem nesta terça-feira para a primeira rodada de negociações entre os dois países em mais de um ano.
Nenhum dos países comentou o que pretende discutir no encontro, que foi solicitado pelo governo da Coreia do Norte.
Na semana passada, o governo de Pyongyang - que tem endurecido sua retórica após o lançamento de um foguete, no início do mês - afirmou que tinha uma "mensagem importante" para o governo da Coreia do Sul, sem, no entanto, fornecer mais detalhes.
As negociações acontecem na zona industrial binacional de Kaesong, um complexo de empresas localizado em território norte-coreano, mas construído com capital de Seul.
Segundo o correspondente da BBC em Seul, John Sudworth, o complexo de Kaesong é o único dos projetos conjuntos que restam dos acordos de cooperação entre Pyongyang e os dois últimos governos sul-coreanos.
Sudworth afirma que a produção industrial do complexo diminuiu sensivelmente após o governo conservador do presidente Lee Myung-bak tomar posse na Coreia do Sul, em fevereiro do ano passado.
"Ato de guerra"
Ainda de acordo com Sudworth, o governo de Pyongyang está irritado com os planos da Coreia do Sul de se juntar a um projeto liderado pelos Estados Unidos para rastrear e tentar parar navios suspeitos de carregarem armas de destruição em massa.
O governo norte-coreano deve usar a reunião para protestar contra a iniciativa, que considera "um ato de guerra", segundo Sudworth,
Observadores apontam que o destino de um trabalhador sul-coreano que está sob custódia de Pyongyang também deve ser discutido.
O homem foi detido no complexo de Kaesong há três semanas, acusado de fazer críticas ao regime do país comunista.
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