Obama pressiona Israel por Estado palestino
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, pressionou na terça-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aceitar como meta a criação de um Estado palestino, e disse que ambas as partes deveriam "recuar do abismo".
Intensificando seus esforços diretos pela retomada do processo de paz, Obama reuniu-se com o rei Abdullah, da Jordânia, e convidou Netanyahu, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente egípcio, Hosni Mubarak, para conversas em separado no começo de junho.
Ele aproveitou para reafirmar a Abdullah seu compromisso com uma solução com dois Estados no conflito israelo-palestino, apesar da relutância do novo governo direitista de Netanyahu em apoiar o eventual Estado palestino.
"O que temos de fazer é recuar do abismo", disse Obama a jornalistas após o encontro com Abdullah na Casa Branca.
O presidente demonstra um envolvimento maior com a questão do Oriente Médio do que seu antecessor George W. Bush, mas sua estratégia é complicada pela ascensão do governo de Netanyahu, que desde sua posse, no mês passado, evita reconhecer formalmente o direito palestino a um Estado independente, como fazia seu antecessor, Ehud Olmert.
Obama teve o cuidado de não confrontar Netanyahu diretamente, mas deixou claro que seu governo espera convencê-lo a aceitar o princípio de uma solução com dois Estados, que há anos é a base da política norte-americana na região.
"Eles terão de formular e eu acho que solidificar sua posição", disse Obama, alertando para a "urgência" em retomar o processo de paz.
"Concordo que não podemos conversar para sempre, que em algum ponto será preciso dar passos para que as pessoas vejam progressos no terreno. E isso será algo que esperamos que ocorra nos próximos meses", afirmou Obama.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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