Por:Carlos Alberto Sardenberg
O pessoal do governo Lula dizendo que não tem nada de mais no empréstimo de R$ 2 bilhões que a Petrobrás tomou junto à Caixa Econômica Federal para resolver um problema de caixa no final de outubro. Mas tem, sim, algo de mais.Observem: a Petrobrás teve um problema de caixa, o que não é trivial, dado o tamanho da empresa. Isso é reflexo de dois problemas: a queda nos preços do petróleo e a secura no mercado financeiro mundial, o que também não é trivial. Não há sinais de que os preços do óleo vão subir nem que o mercado internacional vá se normalizar rapidamente.Esse quadro mostra dificuldades da Petrobrás em cumprir seu ambicioso programa de investimentos – que é uma das principais vitrines do governo Lula.Além disso, há um rebate interno. Com menos crédito lá fora e nos bancos brasileiros privados, a Petrobrás pressiona a capacidade dos bancos públicos, Caixa e Banco do Brasil.E a falta de crédito lá fora vem para dentro. Os R$ 2 bilhões que a Caixa emprestou para a Petrobrás poderiam, por exemplo, financiar casa própria ou médias empresas.Finalmente, também precisa esclarecer: a que taxas a Caixa emprestou para a Petrobrás? Haverá o risco de o governo federal obrigar a Caixa a subsidiar a Petrobrás?
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
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