sexta-feira, 24 de abril de 2009

Música - DJ videBula - Click para ouvir a música

http://www.umnovoencontromusical.com/internacional/TrishaYearwood-StandingOutInACrowd-UNEM.mid

Previsão do Tempo

Últimas Notícias

Produção da Petrobras cresceu 2,5% em março; nível no país é recorde
O Globo

Apple pede desculpas por ‘chacoalhador de bebê' para iPhone
bbc brasil

Dado Dolabella confirma que vai ser papai
Contigo!

Pepe volta a jogar apenas na próxima temporada
O Globo

Começa no sábado campanha de vacinação para idosos em SP
Diário do Grande ABC

Duplo atentado perto de mesquita em Bagdá deixa 58 mortos
G1.com.br

Situação caminha para vitória folgada na África do Sul
Estadão

Charge

Pensamentos



pensador.info

Novo Presidente

Eike Batista passará a presidir a OGX

Ex-presidente da companhia, Rodolfo Landim, recebeu convite para desenvolver novos negócios no Grupo EBX

Portal EXAME -

A OGX, empresa do setor de petróleo e gás natural controlada pelo Grupo EBX, anunciou, nesta quarta-feira (22/4), que o empresário Eike Batista será o novo presidente da companhia no lugar de Rodolfo Landim. De acordo com o comunicado, Landim foi convidado por Eike para ser assistente no desenvolvimento de novos negócios do Grupo EBX, cujo foco são projetos de infraestrutura em geral.
A alteração na composição da diretoria foi aprovada pelo conselho de administração da OGX, instância da qual Landim continuará fazendo parte. O executivo ingressou na EBX em 2006 quando presidiu a MMX, braço no segmento de mineração do grupo. “Rodolfo Landim foi fundamental na organização e êxito que obtivemos até hoje na execução do nosso plano de negócios e na contratação de bens e serviços", comentou Eike.
Outra mudança no quadro executivo da companhia foi a nova função de diretor geral da OGX, que Paulo Mendonça, atual diretor de Exploração e Produção, assumiu. Mendonça será responsável, a partir de agora, também pela coordenação das atividades da diretoria executiva.
O executivo integra a OGX desde sua constituição, em julho de 2007, após ter trabalhado por mais de 34 anos na Petrobras, onde atuou como gerente geral e, posteriormente, gerente executivo de Exploração. A habilidade de liderança já demonstrada pelo Paulo Mendonça continuará a ser um grande trunfo para a OGX, extremamente útil na execução da nossa campanha exploratória, que é a atividade essencial em nosso futuro próximo, afirmou Eike.

Trocando de mãos

Cemig compra Terna por 2,5 bilhões de reais
A Cemig está assinando agora a compra da Terna, uma das gigantes do setor de transmissão de energia elétrica do país. É um dos maiores negócios do ano: a estatal de energia elétrica de Minas Gerais vai desembolsar 2,5 bilhões de reais.
A Terna, que pertencia ao governo italiano, opera em onze estados, além dos Distrito Federal: São Paulo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Nesses estados, a Terna detém concessões válidas até 2034.
No final, o negócio chegará a um total perto dos 5 bilhões de reais: esse restante será desembolsado pela Cemig para comprar a participação dos minoritários.
A aquisição será comunicada amanhã de manhã à CVM.

No topo

Toyota segue líder, apesar de queda nas vendas

As vendas mundiais da montadora japonesa Toyota diminuíram 27% no primeiro trimestre deste ano, para um total de 1,8 milhão de veículos comercializados. Apesar da queda, o volume mantém, ao menos por enquanto, a posição da Toyota de maior montadora do mundo em vendas. A montadora norte-americana General Motors (GM), que ocupava o primeiro lugar do ranking, ainda não divulgou suas vendas trimestrais e, ontem, a alemã Volkswagen informou queda de 11% nas vendas globais no período para 1,4 milhão de veículos. A diferença entre as vendas de Toyota e Volkswagen diminuiu para 400 mil veículos no período acumulado de janeiro a março deste ano, de uma diferença de 800 mil no mesmo período do ano passado. A montadora japonesa teve um recuo de vendas maior por conta de suas operações no competitivo mercado dos Estados Unidos. As informações são da Dow Jones.

Cláudio Humberto

Destaques do dia:

- Projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) obriga os políticos a matricular os filhos em escolas públicas.

- Deputado com o maior número de "viagens aéreas", bancadas pela Câmara, é autor do projeto que limita o salário do brasileiro a R$ 8,5 mil.

- 17 ministros deixarão os cargos em 2010 para disputarem mandatos parlamentares ou governos estaduais.

- Estudos para alterar a remuneração da poupança recomendam criar quatro faixas de depósitos.

Para ler estas notícias na íntegra acesse:
http://www.claudiohumberto.com.br

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acabar com a farra das passagens


OAB-RJ quer devolução de dinheiro gasto por deputados


JB Online


BRASÍLIA - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, informou ontem que pedirá apoio ao presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, para provocar a atuação do Ministério Público Federal (MPF) na responsabilização de parlamentares que forneceram passagens aéreas de suas cotas para amigos.
– Queremos que haja uma ampla investigação e que o dinheiro indevidamente gasto seja devolvido aos cofres públicos – disse Damous. – Essas passagens são de domínio público e não podem ser distribuídas a rodo para socialites, modelos e outras pessoas como se fosse uma quitanda.
Nas últimas semanas multiplicaram-se denúncias na imprensa de mau uso das passagens por parlamentares. Deputados usaram suas cotas para pagar bilhetes de viagens, inclusive ao exterior, para parentes e terceiros sem vínculo com as atividades próprias de mandato. Os fatos relatados, segundo o dirigente da OAB-RJ, demonstram que “o patrimonialismo continua entranhado na vida política brasileira”.
– É mais um episódio que degrada a imagem do parlamento e põe em risco a própria democracia, desta vez com envolvimento de parlamentares que se diziam éticos. A população descrente da autoridade do parlamento é um elemento que pode dar vazão a ações autoritárias – critica Damous. (ABr)

Liberação por troca de agentes cubanos

Fidel: libertação de presos só acontecerá em troca por agentes cubanos

Agência AFP


HAVANA - O líder cubano Fidel Castro explicou que uma libertação de opositores detidos só acontecerá no caso de liberação de cinco agentes de Cuba condenados nos Estados Unidos por espionagem, e destacou que o presidente Barack Obama interpretou de modo errado as declarações do irmão Raúl.
Em um artigo publicado no site oficial Cubadebate, Fidel afirma que quando o presidente Raúl Castro afirmou na semana passada "que está disposto a discutir qualquer tema com o presidente dos Estados Unidos, expressa que não teme abordar qualquer tipo de assunto".
- É uma mostra de valentia e confiança nos princípios da Revolução - completa. - Ninguém deve se espantar de que Raúl fale de indultar opositores condenados em março de 2003 (75) e de enviá-los aos Estados Unidos, caso sejam liberados os cinco agentes, que Cuba considera lutadores contra o terrorismo - enfatiza Fidel.
O líder comunista afirma ainda que o presidente Obama "interpretou mal" a declaração de quinta-feira passada de Raúl Castro, que disse estar disposto a discutir com Washington "tudo", inclusive presos políticos e direitos humanos.

Liturgia erótica

Terceira mulher afirma ter filho com presidente do Paraguai

Agência AFP


ASSUNÇÃO - Uma terceira mulher que afirma ter um filho do presidente Fernando Lugo apareceu nesta quarta-feira no Paraguai, em meio a um ambiente conturbado que obrigou o ex-bispo católico a suspender uma viagem a Washington. - Meu filho Juan Pablo (em homenagem ao papa João Paulo II) é fruto de uma relação com Fernando Lugo, mas uma relação impulsionada por um grande amor, de uma entrega total - afirmou Damiana Hortensia Morán Amarilla, 39 anos, ao jornal ABC.
A mulher, que informou ter sido coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo, revelou que nunca pensou em denunciar Lugo nem pedir nada porque o filho, de um ano e quatro meses, "é fruto de um amor incondicional".
O presidente reconheceu como filho dele na semana passada o menino Guillermo Armindo, de dois anos, fruto de um relacionamento com Viviana Carrillo Cañete.
A admissão pública da paternidade estimulou uma segunda mulher, Benigna Leguizamón, ex-funcionária da diocese de San Pedro (400 km ao norte de Assunção), a exigir que Lugo reconheça o filho Lucas Fernando, de seis anos.
A terceira mulher que afirma ter um filho do presidente paraguaio trabalha atualmente como diretora de uma creche em Capiatá, uma área pobre nas proximidades da capital do país.
Ela diz ser divorciada há cinco anos, depois de um casamento de 17 anos no qual teve dois filhos, hoje com 21 e 20 anos.
Damiana declarou que decidiu revelar sua relação com o presidente "somente para que se saiba a verdade". Ela reiterou que não solicitará nada do ex-bispo católico, nem o sobrenome, porque segundo ela "há grandes interesses de grupos mafiosos que querem tergiversar e desviar".

Vitória anunciada

Pesquisa confirma amplo favoritismo de Correa no Equador

Por Alonso Soto

QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Rafael Correa, está próximo de uma vitória tranquila em primeiro turno nas eleições gerais de domingo, disse na terça-feira um dos principais institutos de pesquisa do país, com base em amostras de sua última pesquisa.
O presidente do Cedatos-Gallup, Polibio Córdova, disse que o presidente esquerdista conserva ampla vantagem sobre seus principais rivais, o ex-presidente Lucio Gutiérrez e o magnata da banana Álvaro Noboa.
"Na pesquisa se ratifica a alta probabilidade de que o presidente ganhe no primeiro turno, porque a diferença com o segundo e terceiro lugar será muito além dos 10 pontos mínimos", disse Córdova, cujas pesquisas em eleições anteriores se mostraram precisas.
Córdova não quis entrar em detalhes sobre os números antes da sua publicação oficial.
O socialista Correa, ex-ministro da Economia, é muito popular entre a maioria pobre do país, graças a seus programas sociais e à sua retórica contra as "elites corruptas" do Equador.
(Por Alonso Soto, editado por Javier Leira)

Morales quer diálogo com os EUA

Bolívia espera melhorar relação com os EUA

LA PAZ (Reuters) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, elogiou nesta terça-feira os sinais amistosos enviados pelo presidente norte-americano, Barack Obama, mas enfatizou a necessidade de fatos concretos para recuperar as relações entre ambos os países.
Em resposta a uma condenação de Obama a qualquer tentativa de golpe na Bolívia, Morales disse que havia instruído seu gabinete a dar prioridade para a recuperação das relações com os Estados Unidos, em crise desde a expulsão mútua de embaixadores no ano passado.
"Penso que uma verdadeira mudança reflete em fatos, e os sinais são um começo muito importante", disse o líder esquerdista boliviano a correspondentes internacionais.
No domingo, durante o encerramento da Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, Obama disse que era "absolutamente contra qualquer tentativa de violência para derrotar os governos eleitos democraticamente".
Morales comentou o gesto de Obama.
"O que vimos em Trinidad Tobago foi um importante sinal do presidente Obama, que depois de décadas de intervencionismo político, declara que é absolutamente contrário e condena qualquer ação violenta contra o governo boliviano", destacou Morales.
(Reportagem de Carlos A. Quiroga)

Recuperação lenta

Bolsas dos EUA se recuperam e fecham em alta por Geithner NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira após o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, indicar que a maioria dos bancos tem reservas suficientes contra possíveis perdas, estimulando uma recuperação das ações do setor bancário.

Mercado do Petróleo reage

Petróleo fecha em alta por recuperação do mercado acionário NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do petróleo nos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, estimulados pela recuperação dos mercados acionários à medida que o contrato maio da commodity venceu nesta sessão.

Mau digerido

Governo brasileiro critica declarações do Irã sobre Israel

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro, por meio de sua diplomacia, criticou nesta terça-feira as polêmicas declarações do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, contra Israel.
Durante conferência racial da Organização das Nações Unidas na última segunda-feira, o líder iraniano chamou Israel de "regime racista cruel e repressor", provocando reação imediata de diversas nações.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com particular preocupação, do discurso do Presidente iraniano que, entre outros aspectos, diminui a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto", pontuou o Ministério das Relações Exteriores por meio de nota.
O Itamaraty promete manifestar seu descontentamento durante a visita de Ahmadinejad ao Brasil, prevista para 6 de maio.
As declarações resultaram em uma debandada de países que participavam do encontro da ONU e uma declaração antencipada contra o racismo.
Durante a conferência, ele havia dito que, "depois da Segunda Guerra Mundial, (os judeus) recorreram a agressões para deixar sem lar uma nação inteira, sob o pretexto do sofrimento judeu."
Para o Brasil, manifestações dessa natureza prejudicam o clima de diálogo e o tratamento internacional da questão da discriminação.
Washington qualificou o discurso de "vil e odioso", e o Vaticano o considerou "extremista e inaceitável".
(Reportagem de Natuza Nery; Edição de Roberto Samora)

Diminuir o abismo

Obama pressiona Israel por Estado palestino

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, pressionou na terça-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aceitar como meta a criação de um Estado palestino, e disse que ambas as partes deveriam "recuar do abismo".
Intensificando seus esforços diretos pela retomada do processo de paz, Obama reuniu-se com o rei Abdullah, da Jordânia, e convidou Netanyahu, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o presidente egípcio, Hosni Mubarak, para conversas em separado no começo de junho.
Ele aproveitou para reafirmar a Abdullah seu compromisso com uma solução com dois Estados no conflito israelo-palestino, apesar da relutância do novo governo direitista de Netanyahu em apoiar o eventual Estado palestino.
"O que temos de fazer é recuar do abismo", disse Obama a jornalistas após o encontro com Abdullah na Casa Branca.
O presidente demonstra um envolvimento maior com a questão do Oriente Médio do que seu antecessor George W. Bush, mas sua estratégia é complicada pela ascensão do governo de Netanyahu, que desde sua posse, no mês passado, evita reconhecer formalmente o direito palestino a um Estado independente, como fazia seu antecessor, Ehud Olmert.
Obama teve o cuidado de não confrontar Netanyahu diretamente, mas deixou claro que seu governo espera convencê-lo a aceitar o princípio de uma solução com dois Estados, que há anos é a base da política norte-americana na região.
"Eles terão de formular e eu acho que solidificar sua posição", disse Obama, alertando para a "urgência" em retomar o processo de paz.
"Concordo que não podemos conversar para sempre, que em algum ponto será preciso dar passos para que as pessoas vejam progressos no terreno. E isso será algo que esperamos que ocorra nos próximos meses", afirmou Obama.

Pente fino nos empréstimos bilionários

EUA apuram fraudes em programa bilionário de socorro a bancos

WASHINGTON (Reuters) - O plano do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos para retirar os ativos tóxicos dos balanços dos bancos é vulnerável a fraudes e abusos e precisa de regras duras contra o conflito de interesse, disse na terça-feira o inspetor do pacote de socorro financeiro do governo.
Neil Barofsky -- o inspetor-geral especial para o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), de 700 bilhões de dólares -- disse em um relatório que os subsídios às parcerias público-privadas (PPP) para a compra de ativos poderiam expor os contribuintes a perdas maiores sem um aumento correspondente no lucro potencial.
"Aspectos da PPP a tornam inerentemente vulnerável a fraudes, desperdício e abuso, e incluem questões significativas relacionadas a conflitos de interesse enfrentados por gerentes de fundo, conluio entre participantes e vulnerabilidades à lavagem de dinheiro", disse o segundo relatório trimestral de Barofsky, que assumiu o cargo em dezembro.
Ele pediu que o Tesouro imponha regras severas para analisar investidores dos fundos e para a divulgação da participação acionária e de todas as transações feitas. Os gerentes responsáveis por eles deveriam acatar as exigências de "conhecer seu cliente" a bancos e corretores sob leis contra a lavagem de dinheiro.
O Tesouro está aceitando, até sexta-feira, inscrições de gerentes de ativos para administrar fundos de investimento público-privados para comprar títulos ilíquidos lastreados por hipotecas problemáticas dos bancos. Isso é parte de seu plano para vender até 1 trilhão de dólares em ativos tóxicos que estão restringindo os empréstimos bancários.
O Departamento de Tesouro deve nomear os primeiros gerentes de fundo no dia 15 de maio, e as compras de ativos devem começar nas próximas semanas ou meses.
RISCOS DOS CONTRIBUINTES
O relatório de Barofsky chamou o plano, e sua expansão prevista com um programa de empréstimo de títulos do Federal Reserve para até 1 trilhão de dólares, de uma "tremenda expansão na amplitude, na escala e na complexidade do Tarp".
Ele advertiu sobre os riscos maiores associados ao investimento em títulos tóxicos, e disse que os contribuintes poderiam sofrer perdas maiores se os fundos de investimento público-privados tivessem autorização para financiar compras de títulos tomando empréstimos do Programa a Termo de Empréstimos Respaldado por Ativos, do Fed.

Passando a limpo

Obama não descarta julgamentos por interrogatórios violentos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou aberta, nesta terça-feira, a possibilidade de se processar oficiais que autorizaram o uso de técnicas de interrogatório consideradas abusivas contra supostos extremistas.
Obama, no entanto, afirmou que a decisão de se processar ou não estas autoridades cabe ao procurador-geral dos EUA, Eric Holder.
O presidente também reiterou que a legislação antitortura dos EUA não será usada contra agentes da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) que usaram as controversas técnicas depois que elas foram autorizadas pelo governo Bush.
"Sobre aqueles que participaram destas operações de acordo com as opiniões legais e diretrizes que partiram da Casa Branca, acho que não é apropriado que eles sejam processados".
"Já a respeito daqueles que formularam estas decisões legais, eu diria que será mais uma decisão (de processá-los ou não) do procurador-geral, dentro dos parâmetros de várias leis. Eu não quero prejulgar", afirmou Obama.
As declarações foram feitas em meio a uma grande polêmica causada pela divulgação de memorandos que detalham os métodos de interrogatório usados pela CIA contra supostos extremistas durante o governo de George W. Bush.
Mudança de tom
Segundo o correspondente da BBC em Washington, James Coomarasamy, os comentários do presidente nesta terça-feira marcam uma mudança de tom do governo, em meio a uma crescente pressão por parte de membros do Partido Democrata para que ele não descarte potenciais ações penais.
Obama também afirmou que poderia apoiar uma investigação do Congresso sobre o tema, desde que ela fosse conduzida pelos partidos Republicano e Democrata.
"Se existir a necessidade de mais considerações a respeito do que aconteceu durante este período, acho que o Congresso pode examinar os meios de como isto pode ser feito, de modo bipartidário. (...) Não estou sugerindo que isto deve ser feito, mas existe a escolha".
"Muito complicado"
Durante a entrevista, Obama ainda afirmou que a questão dos interrogatórios violentos envolve "temas muito complicados".
Segundo ele, uma investigação só poderia ser aceita "fora do processo típico de audiências" e conduzida "por participantes independentes".
"De maneira geral, eu acho que deveríamos olhar para frente, e não para trás. Eu realmente me preocupo com a possibilidade de isto se tornar tão politizado que não poderá funcionar de maneira efetiva, atrasando nossa capacidade de cumprir operações de segurança nacional importantes".
Técnicas de interrogatório
Os memorandos, divulgados na semana passada, revelam que a técnica conhecida como "waterboarding" - que consiste na simulação de afogamentos - foi usada 266 vezes contra dois suspeitos de pertencerem à rede extremista Al-Qaeda.
Entre os outros métodos de interrogatórios mencionados nos documentos estão a privação de sono, a nudez forçada e o uso de posições dolorosas.
Em uma entrevista à rede de TV Fox News na segunda-feira, o ex-vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, afirmou que estes métodos produziram resultados.
Ele pediu ainda que sejam divulgados memorandos que mostrem o que estas técnicas de interrogatório puderam revelar.


Falar sobre Paz

EUA convidam israelenses e árabes para discutir paz

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que os líderes de Israel, Autoridade Palestina e do Egito foram convidados para reuniões separadas com o presidente americano, Barack Obama, em Washington, com o objetivo de reviver o processo de paz no Oriente Médio.
Ainda não se sabe com certeza quando ocorreriam as visitas do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, do presidente egípcio, Hosni Mubarak e do líder palestino, Mahmoud Abbas.
Entretanto, acredita-se que elas ocorram nas próximas semanas, possivelmente antes da viagem de Obama à França em 6 de junho, disse o porta-voz do presidente americano, Robert Gibbs.
Não há indicação de que Netanyahu vai conversar diretamente com Abbas ou Mubarak.
"Com cada um deles o presidente vai discutir maneiras de os Estados Unidos fortalecerem e aprofundarem nossas parcerias, assim como passos que todos os participantes devem dar para alcançar a paz entre Israel e os palestinos e Israel e os demais países árabes", disse Gibbs.
Boa-fé
Obama repetiu nesta terça-feira, após se encontrar em Washington com o rei Abdullah, da Jordânia, que considera a resolução do conflito do Oriente Médio um das prioridades de sua administração.
O governo de George W. Bush foi criticado por não se esforçar o suficiente para promover a paz entre israelenses e palestinos.
Mas analistas acreditam que o governo predominantemente de direita de Netanyahu pode dificultar o processo de paz.
"Infelizmente neste momento, o que temos visto não apenas em Israel, mas também nos territórios palestinos, entre os países árabes e pelo mundo, é um profundo ceticismo a respeito da possibilidade de se fazer algum progresso", disse Obama.
"O que devemos fazer é dar um passo para trás do precipício e dizer, por mais duro que pareça, que a possibilidade de paz ainda existe, mas vai exigir escolhas difíceis e decisão por parte dos envolvidos."
O presidente americano acrescentou que espera que "todos os lados" façam "gestos de boa-fé" nos próximos meses, embora não tenha detalhado quais ele espera que sejam esses gestos.
Abdullah disse que o presidente americano reafirmou seu apoio para a solução de dois Estados. O governo anterior de Israel havia se comprometido com esta ideia mas a atual administração, considerada mais linha-dura, ainda não se posicionou claramente sobre o assunto.
Durante sua campanha eleitoral, Netanyahu disse que, ao invés de falar em um Estado palestino, gostaria de oferecer aos palestinos o que chamou de "paz econômica", sem explicar em detalhes o que o conceito significaria.

Favorito o candidadto de Nelson Mandela

Candidato de Mandela é favorito nas eleições sul-africanas

Mais de 20 milhões de sul-africanos vão às urnas nesta quarta-feira para decidir quem governará o país pelos próximos cinco anos. Jacob Zuma, candidato do Congresso Nacional Africano - partido que mantém a hegemonia na política sul-africana há 15 anos -, lidera as pesquisas para suceder o atual presidente Kgalema Motlanthe.
No último comício de Zuma antes das eleições, realizado no domingo, o CNA lançou mão de seu maior trunfo. Aos 90 anos, Nelson Mandela apareceu ao lado de Zuma, surpreendendo as mais de 60 mil pessoas que foram ao estádio Ellis Park, em Johanesburgo.
Mesmo com saúde frágil, o maior símbolo da luta contra o Apartheid (regime de segregação racial que perdurou por mais de 40 anos na África do Sul) foi manifestar seu apoio a Zuma em um momento em que o candidato enfrenta muitas críticas por suspeitas de corrupção - ele foi acusado de ter recebido dinheiro em uma negociação de venda de armas quando era vice-presidente do país, em 2005.
Há duas semanas, a Promotoria Geral retirou todas as acusações, alegando manipulação no processo para prejudicar Zuma. A decisão causou a indignação da oposição.
"Enquanto Zuma não for julgado haverá sempre uma nuvem de suspeitas sobre ele" afirma Helen Zille, líder da opositora Aliança Democrática, que espalhou cartazes pelo país com os dizeres "Pare Zuma".
Intenção de votos
No poder desde 1994, quando elegeu Nelson Mandela, o CNA deve conquistar cerca de 65% das cadeiras do Parlamento, segundo pesquisa do instituto Ipsos Markinor, publicada na última semana, e terá o direito de indicar Jacob Zuma à Presidência.
A Aliança Democrática, com 11% nas projeções, e o Congresso do Povo, com 9%, lutam para evitar que o CNA leve dois terços dos votos e assim tenha poder até para mudar a Constituição.
O Congresso do Povo (COPE), partido criado no fim do ano passado por dissidentes do CNA, também tenta ganhar votos do CNA questionando a honestidade de Zuma.
"Os líderes do partido governista ganham tratamento especial, só os pobres têm que enfrentar a justiça. Estamos cansados de eleger políticos que ganham bons salários, mas continuam roubando o nosso dinheiro", acusou Mosiuoa Lekota, presidente do COPE, no último comício do partido.
Mesmo com grande favoritismo para vencer as eleições, o CNA enfrenta seu momento mais delicado desde que assumiu o poder, em 1994, com Nelson Mandela.
Depois de dois mandatos consecutivos de Thabo Mbeki, a aprovação do governo despencou de 75%, em 2004, para apenas 52%, em novembro passado. Além disso, Mbeki e Zuma, antigos aliados, brigaram, causando o racha que originou o COPE.
Com isso, dificilmente o CNA repetirá o desempenho das eleições passadas, quando conquistou 70% das vagas no Parlamento.
O CNA é criticado pela minoria branca (quase 10% da população) por causa de suas políticas afirmativas que beneficiam apenas os negros (cerca de 80% do povo), e Zuma ainda teve sua imagem arranhada em 2005, quando foi acusado de estupro.
Ele foi inocentado, mas provocou revolta em parte da população ao admitir ter tido relações sexuais sem proteção com uma mulher que ele sabia ser HIV positivo - a África do Sul é líder no número de casos de AIDS no mundo, com cerca de 5,7 milhões de infectados.
"Esta é a eleição mais interessante na África do Sul desde a de 94 porque o CNA enfrenta muitos problemas de corrupção e tem uma oposição mais forte. Além do mais, com o passar dos anos, o discurso do partido de que ele lutou pelo fim do Apartheid perde um pouco da força, as pessoas começam a se interessar mais por empregos e serviços" disse à BBC Brasil a cientista política Yolanda Sadie.
Mas Zuma discorda das previsões, que considera "pessimistas", e garante que o CNA "nunca foi tão popular". De fato, o partido ainda tem grande influência sobre a população negra do país - segundo a pesquisa do Ipsos Markinor, 79% dos eleitores negros vão votar no CNA.
Figura carismática, Zuma alegrou seus fiéis eleitores no comício do último domingo ao arriscar vários passos de dança. Depois, durante o discurso, prometeu que trabalhará para diminuir as desigualdades sociais, o desemprego (por volta de 23%) e que respeitará a Constituição.
"Nós governamos com responsabilidade e sempre defenderemos e protegeremos nossa Constituição. Quero reafirmar nosso compromisso de respeito à independência do poder judiciário e às leis" afirmou Zuma.