Presidente Venezuelano tenta montar uma liderança regional, sem a participação brasileira.
Fontes: ANSA Latina , Estadão
Hugo Chávez convocou a cúpula da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas) oficialmente para discutir as questões relativas à crise econômica, mas na verdade, está tentando firmar um acordo de cooperação econômica entre os países membros da ALBA, mais o Equador, que não quis participar históricamente do grupo, mas depois que resolveu dar um calote no BNDES, mostrou-se interesado. O Brasil deve jogar duro.
A proposta de Chávez é que os países do grupo abandonem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e desativem a Corporação Andina de Fomento (CAF), entidades que segundo ele dificultam a concessão de crédito a alguns países (ele está se referindo ao Equador) e criar um novo banco regional com sede em Caracas adminsitrado por eles mesmos.
No ano passado, o presidente prometeu retirar a Venezuela do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, o que gerou nervosismo nos mercados financeiros, pois boa parte dos títulos da dívida venezuelana contêm uma cláusula que poderia ativar um "default técnico" (moratória) se o país deixasse a instituição.
Seu governo há mais de dois anos tenta colocar em marcha o chamado Banco do Sul, iniciativa destinada a mitigar a dependência dos países sul-americanos em relação a instituições multilaterais.
O Banco do Sul foi oficialmente criado em 2007, numa cerimônia com os presidentes de Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai e Venezuela, mais um enviado do Uruguai. No entanto, o projeto não decolou.
Em meio às deliberações a respeito da crise global e contra o capitalismo, Chávez também disse que o edifício-sede da Corporação Andina de Fomento (CAF) em Caracas, poderia ser entregue a um novo banco regional.
"A CAF, cuja sede está aqui em Caracas administrando os créditos dos nossos países tal qual um Fundo Monetário Internacional, então teria que fechá-la, e esse edifício aqui da CAF poderia mesmo ser a sede do nosso banco", disse.
Em resumo, Chávez está se apropriando do edificio que está sendo construido na Venezuela para sediar o seu novo banco, sem consultar os outros parceiros, dissolve o Banco Sul Americano que ele mesmo propôs.
A CAF que está construindo uma nova sede na capital ven ezuelana, é composta por Argentina, Bolívia, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Chile, Equador, Espanha, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela, assim como 15 bancos privados da região andina.
Tudo isso, de acordo com Chávez, porque seu colega equatoriano,o “checheiro” Rafael Correa, queixou-se das "condições até políticas" que o BID impõe para a concessão de empréstimos, e que o banco teria se tornado um instrumento do "império" norte-americano para pressionar determinadas nações.
Correa anunciou na semana passada que, devido à crise financeira global, pleitearia ao BID um crédito de 1 bilhão de dólares para obras de infra-estrutura. (Como sua fama de mal pagador o banco se fez de dificil.)
"Eu não estava inteirado disso. Se é assim, para que nos serve o BID? Então saiamos o BID (...), o transformaram num mecanismo também do império", disse Chávez, que defendeu a criação de "um banco nosso".
Para que o plano de Chávez possa dar certo, é preciso que o petroleo volte a ter cotações bem mais atraentes no mercado internacional, para que eles tenham algum espaço, para fazer o fundo do banco de Chávez. Do jeito que está todos esses planos e discursos não passa de “um sonho de uma noite de verão
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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