terça-feira, 23 de setembro de 2008

Após recesso,Câmara vota criação de 3.070 cargos

Vencida a fase do “recesso branco”, uma folga escorada em justificativas eleitorais, a Câmara terá de deliberar sobre um lote de 15 projetos.

Foram enviados ao Legislativo pelo Planalto, no final de agosto. Juntos, representam um pacote de criação de novos cargos no Executivo.

São ao todo 3.070 novas vagas –510 nomeações políticas e 2.560 de provimento técnico, por concurso público.

Prevê-se também a abertura de 148 funções gratificadas. Remunerações adicionais que serão injetadas no contracheque de servidores promovidos.

A despesa anual prevista para depois que todos os cargos estiverem preenchidos, em 2009, é de R$ 378,5 milhões, assim distribuídos:

1. R$ 335,2 milhões para os cargos destinados a servidores copncursados;

2. R$ 41 milhões para os cargos em comissão, nomeados politicamente;

3. R$ 2,3 milhões para as novas funções bafejadas com gratificações.

A apreciação do pacote no Congresso deve seguir a lógica de outras propostas que abriram vagas na administração pública.

Acontecerá o seguinte: a oposição vai subir no caixote. A platéia ouvirá inflamados discursos contra o excesso de gastos e o inchaço da máquina pública.

Os governistas dirão que a gestão Lula precisa qualificar os serviços que presta ao contribuinte.

Vencida a fase do lero-lero, o lote de projetos será aprovado. Exatamente como aconteceu com propostas análogas que os precederam.

Fonte: Josias de Souza - 20/09/2008.

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